Campo de batalha

Text0 e foto extraídos de www.radiocriciuma.com.br
Final de Criciúma x Avai transforma parte da cidade em campo de batalha
Polícia - 24/02 - 20h14min
Atualizada às 11h45/25/02/08
Criciúma 1 x 0 Avai acaba em um grande tumulto e cenas de violência. Os torcedores do Criciúma, inflamados com uma bomba arremessada contra a torcida do Tigre, dentro do Estádio Heriberto Hulse, que atingiu a mão direita do Senhor Ivo Costa, de 62 anos, morador do Bairro Brasília, e que teve seu membro dilacerado, entraram em confronto com a polícia, fora do estádio.

Para conter a tentativa de agressão da torcida do Tigre contra a do Leão, a PM atirou balas de borracha e bombas de efeito moral a esmo contra os criciumenses. Havia um grupo que pedia vingança, tentando pegar torcedores do Avaí, que teriam sido os responsáveis pela agressão.

A rua em frente ao ginásio Colombro Sales, próximo ao estádio Heribero Hulse, virou um campo de batalha, com torcedores do Tigre arremessando pedras contra a polícia. Muitas pedras atingiram casas, prédios e carros.

O hospital São José recebeu pelo menos 5 pessoas atingidas por balas de borracha. Uma delas estava com 4 projéteis alojados no corpo. Um homem foi atropelado por um cavalo da polícia e várias dezenas foram atingidas por gás mostarda, entre elas muitas que não participavam das tentativas de agressão contra a polícia ou torcedores da capital. O gás tem efeito imediato e atinge o sistema respiratório e os olhos, causando forte irritação e lacrimejamento.

Dezenas de pessoas afirmam que entraram no campo sem serem revistadas. Muitos protestaram contra os policiais do BOPE e Polícia Montada que vieram de Florianópolis, acusando-os de estarem protegendo a torcida do Avaí, possibilidade que o comando da PM descartou.
O Senhor Ivo, conhecido pelo apelido de Periquito, que teve a mão atingida, no momento da publicação desta matéria estava sendo atendido no Centro Cirúrgico do Hospital São José, para amputação.